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AOR, Hard Rock, Melodic rock

sábado, 31 de maio de 2014

ROCKIN' NEWS - W.E.T.


W.E.T. RECEBE PRÊMIO DO BRAZIL ROCK MELODY 



Robert Säll e Erik Martensson receberam há alguns dias em Estocolmo, na Suécia, a placa de Melhor Álbum de 2013 do BRAZIL ROCK MELODY pelo excelente trabalho que fizeram em "Rise Up". 

Decidi tomar a iniciativa de prestar uma singela homenagem à banda enviando uma placa como reconhecimento  da dedicação de Jeff Scott Soto, Robert Säll e Erik Martensson, que demonstraram grande capacidade de criação e capricharam na produção de "Rise Up", lançado no começo do ano passado. Entrei em contato com o talentoso e sempre simpático Robert Säll para saber se ele poderia receber a premiação em nome da banda. Robert prontamente respondeu que sim e disse que sentiu-se honrado com a homenagem. 

Há tempos tive a ideia de, além de indicar os melhores álbuns do ano (em minha opinião), fazer uma premiação verdadeira, na qual o melhor recebesse algo palpável. Finalmente, este ano, consegui viabilizar a entrega e ainda acho pouco, pois os artistas merecem o devido reconhecimento. Hoje em dia é tudo muito superficial e logo todos se esquecem de um trabalho que pode levar anos para ser finalizado. Sem contar que as bandas do gênero não são bem remuneradas e tem pouquíssimo espaço na mídia chamada "especializada", que só querem noticiar os medalhões.


Abaixo está o recado que Robert deixou com relação ao prêmio. Resolvi deixar o original em Inglês para os fãs de outros países poderem conferir, já que o tradutor muda o significado em algumas partes.

"On behalf of all the guys in W.E.T., Erik & I would like to thank you for this honour! We put a lot of heart and soul into this album, making sure it would not only impress our fans but ourselves as well. And we're thrilled to see our hard work paid off. So, from all of us to all of you....THANK YOU!!! //Robert"

"Em nome de todos os caras do W.E.T., Erik e eu gostaríamos de agradecer por esta honra! Nós colocamos muito de nosso coração e alma neste álbum para garantir que ele não iria somente surpreender nossos fãs, mas também a nós mesmos. E estamos emocionados em ver que nosso trabalho árduo valeu a pena. Então, de todos nós para todos vocês... OBRIGADO!!! // Robert"


sábado, 24 de maio de 2014

ROCKIN' INTERVIEWS - Billy Sheehan (The Winery Dogs)


Hoje trago uma das mais importantes entrevistas do ano até agora, afinal não é todo dia que se fala com um dos grandes nomes do baixo no mundo. Desde o ano passado venho tentando uma entrevista com Billy Sheehan (MR.BIG) para trazer mais detalhes de seu belíssimo trabalho com sua outra banda, a excelente THE WINERY DOGS que, para mim, lançou um dos melhores álbuns do ano passado. Considerado um dos melhores baixistas do mundo, Billy esteve muito ocupado em 2013, mas algumas semanas atrás teve uma folga para me atender por telefone direto de Los Angeles, EUA. O músico norte americano mostrou ser um cara bastante educado e direto, mas aos poucos sentiu-se mais à vontade na conversa, prolongando suas respostas, fazendo elogios aos seus companheiros de banda, Richie Kotzen (ex-POISON e MR.BIG) e Mike Portnoy (ex-DREAM THEATER), além de mostrar-se bastante empolgado com a resposta do público brasileiro à banda. Espero que gostem! (Denis Freitas)

ENTREVISTA - Billy Sheehan (THE WINERY DOGS)

Olá Billy, como vai? Bom falar com você...

As coisas estão espetaculares, obrigado.

Ótimo. Fiquei muito surpreso com o álbum no ano passado, gostei muito. Se você pesquisar o THE WINERY DOGS na Internet, vai encontrar a descrição “rock super group”. Algumas bandas assim acabam desapontando as pessoas, pois criam muitas expectativas, mas não parece que foi o caso com vocês, certo?

Bem, nós não tínhamos nenhuma ideia de ser um super grupo, queríamos apenas tocar. Queríamos tocar a música que amamos. Nos encontramos, escrevemos músicas, fizemos do modo antigo, não planejamos ter hits ou vender álbuns, só queríamos fazer ótima música. E acho que isso é muito importante porque se você tenta ser um vendedor, comercial, acho que é um erro. Tem que fazer o que está em seu coração. Foi isso que fizemos. Foi uma ótima experiência e estamos contentes que todos parecem ter gostado do álbum, assim tudo vale a pena.

Quando decidiram formar a banda?

Eu não me lembro exatamente. Mike Portnoy e eu estávamos conversando sobre montar uma banda de verdade. Nos reunimos e... trabalhei várias vezes com Richie Kotzen, antes, durante e depois do MR BIG, tocamos em vários shows juntos. Quando Richie se envolveu foi muito legal porque ele tem uma ótima voz e um modo único de tocar guitarra e deu uma combinação muito interessante. Começamos a compor, ainda compomos, fizemos alguns shows mês passado e fizemos uma nova música. Então estamos olhando para o futuro, tocar mais, gravar mais, fazer mais shows, o máximo possível.

Quando fiquei sabendo da banda e dos músicos envolvidos, confesso que pensei: “lá vem mais uma banda fazendo música para outros músicos”, mas eu estava tão errado! Tem muita técnica, soa ótimo e tem um toque pop aqui e ali. Você sentiram isso quando fizeram as músicas?

Não queríamos fazer música para outros músicos. Adoramos outros músicos, eles são nossos amigos, nossos irmãos, mas nós queríamos fazer músicas para pessoas que realmente gostam de música...

(interrompo) Existe uma certa desconfiança quando músicos muito bons se juntam...

Bem, todo grupo de pessoas é diferente. Você muda uma pessoa no grupo e fica diferente. Nosso objetivo era fazer a música que a gente ama, que a gente é fã. Somos fãs de ótima música. Quando ouvimos música boa, ela nos inspira, nos afeta de um modo muito bom e queremos fazer música que inspire as pessoas também, sabe? Assim como somos inspirados por grandes bandas. Queremos fazer isso e até agora parece que estamos indo muito bem.
"Elevate Me"


Isso é legal. Como você descreveria a música de vocês?

Rock. Sabe, existem todos esses tipos de rock, todos os tipos de metal, mas para mim é tudo rock. De JUDAS PRIEST a GENESIS, THE WHO, NINE INCH NAILS, STONE TEMPLE PILOTS, GRAND FUNK RAILROAD, THE BEATLES, THE ROLLING STONES, HENDRIX, eu chamo de rock. Não queremos nos limitar dizendo que fazemos uma única coisa, nós tocamos rock e existem muitas variações no rock, de leves baladas a músicas pesadas e rápidas, eu adoro todas elas, então nós tocamos rock.  

Richie está incrível no álbum. Quanto ele melhorou desde os tempos com o MR. BIG? Se é que ele melhorou...

Ele sempre foi ótimo, eu me lembro de uma vez que ele foi a minha casa muitos anos atrás. Eu tinha um piano, ele sentou, tocou e cantou. Isso foi nos anos 80, ele sempre foi um grande instrumentista e cantor desde o começo com suas bandas antigas. Ele sempre se desafia a ser melhor e acho muito legal que ele nunca se acomoda e deixa o mundo passar, ele está sempre trabalhando, em algo novo ou algo legal, ou um novo modo de tocar guitarra, se desafiando ao compor com artistas diferentes. Então eu acho que todos nós na banda nos desafiamos. Não ficamos parados fazendo uma coisa só, todos nós trabalhamos duro com diferentes tipos de música, expandindo o modo como encaramos a música e as pessoas estão surpresas ao ouvi-lo no álbum, suas guitarras estão matadoras e está cantando como um pássaro, está ótimo.

"I'm No Angel"

E Mike Portnoy encaixou-se muito bem. Ele tocava aquelas músicas complexas com o DREAM THEATER e a música de vocês é, em partes, complexa, mas ele faz sem exageros...

Exatamente, eu gosto de ver Mike em um kit pequeno, como um Portnoy concentrado. (risos) Pegue um kit gigante e um cara que é um mestre em kit gigante e esprema até virar um kit pequeno, é isso.

(risos) Qual é para você a música com linha de baixo mais complicada?

Eu não sei, tem algumas com linhas de baixo bem difíceis que toco com Richie. Eu não penso dessa maneira porque mesmo as coisas complexas são naturais para a gente. Quando tento aprender as músicas para tocar ao vivo é bem difícil de aprender, mas para gravar foi bem rápido, nós não calculamos matematicamente, apenas tocamos, fizemos o que fazemos. Algumas ficaram bem complexas e o difícil é tentar aprende-las depois, é difícil lembrar quais eram as notas, mas nós conseguimos e tocamos ao vivo. Gostamos de colocar coisas legais como músicos, sabe? Mas como eu disse antes, nós não tocamos apenas para músicos, tocamos para todos. Gostamos também de tocar coisas loucas, divertidas.

Então ao vivo vocês fazem versões diferentes das músicas como estão no álbum?    
Ah sim, ao vivo improvisamos bastante. Nós mantemos a estrutura básica de cada música, as letras são as mesmas geralmente, mas sempre tem espaço para mover, Nós não fazemos música que não pode se mexer, inflexível. Ela vive e respira e tem bastante improvisação e formas livres, como as músicas do final dos anos 60 e dos anos 70. Se você ouvir Jimi Hendrix tocando suas músicas ao vivo, ele sempre fazia coisas diferentes, então nós sempre queremos fazer coisas diferentes também cada vez que tocamos, somos inspirados por públicos novos, pessoas diferentes... Mantemos a base da música, não queremos que soe irreconhecível, mas fazemos de forma livre, de acordo com a reação do público. Por exemplo, se nós temos um público louco e barulhento como tivemos em São Paulo, isso nos inspira para dar o máximo.


Ótimo! Já que mencionou São Paulo, como foram os shows aqui no Brasil e a resposta do público à banda?

Foi incrível, as pessoas cantavam as músicas tão alto que você mal podia ouvir a banda... Foi ótimo, cantavam todas as músicas. Nós adoramos o público brasileiro, claro, existem ótimos públicos no mundo todo, mas os brasileiros são sensacionais, difíceis de bater e mal esperamos para voltar a tocar aí, gostaríamos de ver mais do país. Adoramos São Paulo, Rio e as outras cidades que tocamos aí, mas gostaríamos de ir a outros lugares, norte-sul, leste-oeste. 

Quais são os planos para o THE WINERY DOGS em 2014?

Tocar, tocar, tocar, e tocar mais! Onde quer que seja, nossos agentes e promotores estão trabalhando duro para conseguir shows em todo lugar do mundo e agora vamos tocar pelos Estados Unidos, temos shows na Europa, festivais por lá e diversos outros lugares. Queremos apenas tocar, adoramos tocar ao vivo, fomos feitos para tocar ao vivo, então todo lugar que pudermos ir, ficaremos empolgados. 

Obrigado pela entrevista Billy, fico contente em poder promover a banda que é ótima. Tudo de bom!

Nós realmente agradecemos e espero vê-los em breve! "Obrigado!" (em Português -  risos) 

domingo, 18 de maio de 2014

ROCKIN' REVIEWS - Gotthard / Three Lions

Hoje trago algumas indicações de álbuns que foram lançados nos últimos meses. Confesso que tenho encontrado bastante dificuldade para indicar trabalhos que considero de qualidade, pois tem sido um ano com pouquíssimos lançamentos relevantes em minha opinião. (Denis Freitas)

LEGENDA
1 Guitar (Fraco)   2 Guitars (Regular)   3 Guitars (Muito Bom)   4 Guitars (Excelente)   5 Guitars (Obra Prima)

GOTTHARD – “Bang!”
Data de lançamento: 4 de Abril
Gravadora: G. Records



Muito bom ver que os suíços do GOTTHARD estão retomando seu rumo. Após o mediano CD "Firebirth", álbum de estreia do vocalista Nic Maeder, a banda está de volta com "Bang!", um trabalho com maior entrosamento e melhores composições em minha opinião. A banda parece retomar o estilo hard rock mais direto de seu início de carreira, porém com arranjos caprichados e qualidade de gravação de alto nível. Nic Maeder mostra mais versatilidade e personalidade desta vez e faz um belo trabalho nos vocais e nas composições. Nem todas as músicas tem o potencial de hits, mas o CD possui belos momentos como em "Feel What I Feel", "Jump The Gun" e "Spread Your Wings". A banda aposta na sua já tradicional sonoridade com referências à bandas clássicas como LED ZEPPELIN, WHITESNAKE, AC/DC e aquele toque mais pop rock a la BON JOVI aqui e ali, somados a algo um pouco mais moderno e pesado. Vale a pena! (Denis Freitas)



THREE LIONS – “Three Lions”
Data de lançamento: 18 de Abril
Gravadora: Frontiers Records

 

Confesso ter sentimentos opostos em relação a este álbum. Quando conversei com Vinny Burns (entrevista aqui) sobre o THREE LIONS, ficou claro para mim que a intenção era a de reproduzir uma sonoridade clássica, inclusive usando equipamento vintage. Por outro lado, eu esperava um toque de sonoridade mais contemporânea em sua produção, ainda que em pequenas doses. Contudo, o som do álbum nos remete a algo mais antigo e com certeza agradará a fãs de hard rock anos 80, fãs de DARE, WHITESNAKE e afins. O guitarrista Vinny Burns mostra categoria com muito feeling e técnica já conhecida de seu trabalho com o DARE e TEN, enquanto o vocalista Nigel Bailey encaixa sua bela voz com propriedade nas músicas. Pela qualidade das músicas e performances, considero muito bom o trabalho do trio, porém em termos de novidades considero desapontador de certa forma e é justamente isso que espero de músicos de alto nível. Vamos deixar como "muito bom" pela paixão demonstrada pelo estilo e aguardar novos trabalhos. (Denis Freitas


terça-feira, 13 de maio de 2014

ROCKIN' NEWS - The Winery Dogs

Por conta de vários compromissos e reestruturação da página, precisei me ausentar por uns dias, mas estou de volta com belas novidades! (Denis Freitas)


NOVO VÍDEO DO THE WINERY DOGS

Divulgado novo vídeo do THE WINERY DOGS, desta vez para a faixa "I'm No Angel", do excelente debut da banda lançado no ano passado. A banda já havia feito um vídeo simples para a mesma música, mas, aparentemente, a música tornou-se uma das favoritas nos shows e decidiram fazer um clipe com melhor produção. O vídeo foi gravado em Los Angeles. 

O vocalista / guitarrista Richie Kotzen explicou para o site CBS NEWS que a letra é "um pouco sombria e trata de um relacionamento no qual uma das pessoas não presta. Ambas sabem como são e sempre estão voltando, porém nada muda. Elas podem até querer um relacionamento, mas não conseguem mudar seus modos diabólicos. Foi isso que tentamos mostrar no vídeo."
"I'm No Angel"

Aproveito a oportunidade para anunciar que no próximo dia 23 de Maio vocês poderão conferir aqui uma entrevista exclusiva que fiz com o baixista Billy Sheehan
Falamos sobre o THE WINERY DOGS, seu início, conceito e a passagem pelo Brasil!



ROCKIN' REVIEWS - Paul Gilbert (Workshow)

Paul Gilbert (MR.BIG) Workshow - 29/04/2014
Pirilampus Bar / Music House Centro Musical
Sorocaba - São Paulo

Pela segunda vez no ano venho aqui falar (rapidamente) de um workshow, coisa que eu não costumava fazer até então. Porém, no dia 29 de abril ninguém menos do que Paul Gilbert esteve na cidade em que moro e não é todo dia que se vê e ouve o guitarrista do MR. BIG / RACER X dando uma aula/show tão próximo, então eu não poderia deixar passar em branco aqui na página. 
Foto por: Jean Miranda - Blog Na Mira
Após espera de aproximadamente uma hora, Paul sobe ao palco e sem muita conversa manda ver na guitarra com sua técnica absurda já conhecida mundialmente. Aos poucos, o guitarrista norte americano começa sua aula cheia de explicações detalhadas e por vezes cômicas, mas com bastante didática, deixando todos fãs e estudantes de música bastante impressionados. 

Foto por: Lucas Gutierrez

Entre improvisações, riffs conhecidos, altas doses de blues, solos do RACER X e uma versão de “To Be With You” recheada de pequenos e belos solos, Paul domina o público e não deixa dúvidas de que é um músico acima do nível dos guitarristas "mortais". 

O músico ainda fez uma jam com músicos locais e foi surpreendido com performances excelentes, dos quais destacaram-se Guilherme Mendes (guitarrista da banda HAMMATHAZ) e Felipe Colenci (da banda BLACKDOME). Ambos empolgaram o guitarrista do MR. BIG em diversos momentos e receberam cumprimentos do mesmo, além de muitos aplausos de todos os presentes. Quem esteve no local pôde assistir a uma aula de guitarra com lições para iniciantes até níveis mais avançados, além de cerca de uma hora de performance musical de Paul, que também mostrou muito talento como cantor. Parabéns mais uma vez pela iniciativa da Music House Centro Musical e que continue assim! (Denis Freitas)

quinta-feira, 1 de maio de 2014

ROCKIN' INTERVIEWS - Anna Portalupi (HARDLINE)

 HARDLINE

Pela primeira vez trago uma entrevista com uma mulher aqui na página. E a demora não foi por preconceito, mas sim por falta de oportunidades e pelo fato de que não existem muitas mulheres no meio do melodic rock ou hard rock. Sempre achei muito bom o trabalho da baixista italiana Anna Portalupi, principalmente com o HARDLINE, banda que gosto muito e que dispensa apresentações. Mesmo bastante ocupada acompanhando Tarja Turunen (ex-NIGHTWISH) em turnê pela Europa e prestes a tocar com o HARDLINE no festival da Frontiers Records na Itália, Ana foi gentil o bastante para conceder uma rápida entrevista sobre sua vida e carreira. (Denis Freitas)      

ENTREVISTA - Anna Portalupi (HARDLINE)

Oi Anna! É bom tê-la na página. O que você tem feito ultimamente?

Obrigado, para mim é um prazer poder fazer esta entrevista. Agora eu estou em turnê com Tarja Turunen na Colors in The Road Tour.

De onde você é exatamente? Você vive na Itália hoje em dia? Como é a vida aí?

Eu sou italiana e moro perto de Milão. Eu amo meu país, amo o povo e a comida italiana. Infelizmente, para ganhar a vida como uma musicista, que não é considerado um trabalho de verdade na Itália, a vida fica difícil aqui, especialmente neste momento de crise, mas eu acho que eu jamais iria morar em outro lugar.

Quando você começou a tocar profissionalmente e por quanto tempo você estudou música? A sua família apoiou a sua decisão?
Foi apenas alguns anos atrás que eu me tornei realmente profissional. Até poucos anos atrás eu tinha um outro trabalho para ganhar a vida. Comecei a estudar violão clássico aos 11anos e aos 15 comecei a me dedicar ao baixo elétrico. Meus pais me deram um grande apoio, eles não acreditavam que eu poderia viver com isso, mas felizmente eles estavam errados. Agora eles estão orgulhosos de mim!

Você já tocou com alguns dos melhores músicos de rock do mundo. Quais foram os que mais te impressionaram e por quê?

Tocar com cada um deles foi uma emoção para mim e eu aprendi muito com todos, mas talvez a maior experiência foi comSteve Lukather (TOTO), cada nota que ele toca é incrível.
Você trabalha com um dos maiores, e subestimado em minha opinião, cantores de hard rock, Johnny Gioeli. Qual é a sensação de tocar com ele e com uma banda de estatus cult como o HARDLINE?

Johnny é grande tanto como cantor e pessoa, ela está sempre sorrindo, é agradável e para mim é uma honra trabalhar com ele e ser parte de uma banda tão histórica como o HARDLINE. Eu me sinto muito sortuda. Espero que em breve possamos sair em turnê, seria fantástico.

HARDLINE - Fever Dreams

Você sentiu alguma pressão em tocar ao vivo com o HARDLINE pelos fãs serem tão apaixonados pela formação original?

O primeiro álbum do HARDLINE "Double Eclipse" foi uma obra-prima do hard rock e a formação original contou com dois grandes músicos como Neal Shon e Deen Castronovo (JOURNEY). Eu acho que é normal que os fãs sejam tão ligados ao clássico HARDLINE. Mas o nosso álbum "Danger Zone" provou que a banda está de volta e também ao vivo tivemos uma ótima resposta.

Anna em ação com o HARDLINE no Sweden Rock Festival
Recentemente houve uma parceria Brasil / Itália entre Fabio Lione (RHAPSODY OF FIRE) e ANGRA. Quase 20 anos atrás, bandas como ANGRA do Brasil e RHAPSODY da Itália estavam em seu auge e foram muito bem sucedidos em todo o mundo. Você acompanhava o estilo e a música deles naquele período? Quais foram as primeiras bandas de rock / metal que você curtia?


São duas bandas que eu aprecio, mas realmente não conheço muito bem. Mas de qualquer forma temos a honra de ter um italiano em uma banda como o ANGRA. Entre as primeiras bandas de metal que ouvi naquela época teve o IRON MAIDEN e Steve Harris, é claro. Eu amo o jeito que ele toca.

Você compõe também? Algum plano para um álbum solo?

Eu ocasionalmente componho e um dos objetivos é fazer um registro. Mas no momento eu tenho muito trabalho, então eu vou ver o que vou fazer com isso no futuro.

Quais são alguns músicos com os quais você gostaria de tocar um dia?

É difícil de dizer, seriam muitos nomes, mas um dos meus heróis sempre foi David Coverdale (WHITESNAKE). Se você me dissese que um dia eu teria a chance de tocar com ele, eu acho que eu teria um ataque do coração!
  
Há planos para um novo álbum HARDLINE? Quais são seus planos para este ano? Muito obrigado e sinta-se livre para deixar uma mensagem.

Estamos planejando um novo álbum com HARDLINE e acredito que em breve vamos começar a gravar. Além disso, vou continuar na turnê mundial com Tarja Turunen e faremos shows no Brasil em setembro. Vou tocar em vários álbuns, incluindo um com a minha banda Custodie Cautelari e um de prog metal Docker’s Guild. Saudações a todos os leitores do BRAZIL ROCK MELODY e rock'n'roll!

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