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AOR, Hard Rock, Melodic rock

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - ADRIANGALE


Sempre considerei o ADRIANGALE uma banda “injustiçada” de certa forma, ou seja, uma banda que merece mais divulgação e mais atenção por parte da mídia chamada especializada. Digo isso porque os americanos sempre lançaram álbuns de qualidade, principalmente a partir do álbum “Crunch”, um dos melhores álbuns de 2004 e talvez o melhor da banda até hoje. O hard rock com melodias marcantes da banda tem como principais características os belíssimos e potentes vocais de Jamie Rowe (ex-GUARDIAN) e as composições com riffs certeiros do guitarrista e baterista (!) Vic Rivera. A banda está de volta após quase dez anos hibernando e com novo CD, “Sucker Punch!” (review aqui). O papo está bem informativo. Espero que gostem! (Denis Freitas)

ENTREVISTA - Vic Rivera

Oi Vic, tudo bem? É um prazer falar com você e muito bom saber que a banda está de volta! Quando eu ouvi o álbum “Crunch” em 2004, gostei imediatamente e achei que foi um divisor de águas para a banda. Imaginei que a partir daquele álbum vocês iriam “decolar”. Mas isso não aconteceu e vocês inclusive mudaram o nome da banda para CRUNCH por um tempo. O que aconteceu durante todos esses anos?

Oi Denis, bom falar com você! Sim, esse álbum foi um divisor, musicalmente, acho que tudo naquele álbum... Sem desmerecer os anteriores, sabe, todo artista tenta fazer melhor no álbum seguinte e com CRUNCH acabou sendo umas daquelas coisas mágicas... Após aquele álbum nosso contrato encerrou-se e não havia nenhum tipo de conflito, nós vínhamos fazendo aquilo por quatro anos, todos nós tínhamos nossos empregos normais, Jamie estava fazendo outras coisas  e dissemos: “Vamos parar com isso por um tempo” , sabe, não havia problemas, apenas deixamos de lado por um tempo.
Logo após o álbum ter sido lançado, John Kivel disse que o Ted Poley (DANGER DANGER) queria trabalhar comigo e aquilo seria algo legal para mim. Eu já sabia que nós iríamos deixar o ADRIANGALE parado por um tempo mesmo, então decidimos deixar o álbum falar por si mesmo para ressurgirmos no momento apropriado. Nos seis anos seguintes eu trabalhei com o Ted e também participei no projeto LIBERTY AND JUSTICE. Mas o álbum CRUNCH foi muito especial, Jamie e eu decidimos que no momento certo conseguiríamos retomar.  Mudamos o nome porque na época não conseguíamos entrar em acordo com a gravadora, não foi nada ruim, mas às vezes as coisas não se ajeitam da maneira que você quer, então decidimos mudar o nome para CRUNCH, na época foi bom para todos. O momento é tudo, só que não era o momento ideal... Mas agora estamos de volta e agora é o momento certo para o novo álbum.


Como vocês queriam que a banda soasse no começo?

Quando John Kivel e eu nos conhecemos, ele sabia que eu tinha feito algumas músicas para uma banda local no fim dos anos 80, eu tocava bateria na época, eu sempre toquei guitarra, mas fui um baterista primeiro. Toquei bateria em todos os nossos álbuns. Quanto ao estilo, John disse que conhecia minhas composições e disse que estava a procura de uma banda com uma certa sonoridade, mencionou umas bandas e disse que seria melodic rock. Ele estava em contato com Jamie. Seria melodic rock, mas sem querer soar pretensioso, acho que meu estilo de escrever é bem fácil de se reconhecer. Quando componho, as pessoas sabem que é ADRIANGALE e também por causa da voz de Jamie, você sabe quando somos nós. Começamos mirando um HAREM SCAREM, meus heróis eram WINGER e RATT e claro VAN HALEN, que é minha maior influência. Eddie Van Halen tem grande importância para o que eu faço. O modo como componho tem a ver com a influência de Eddie Van Halen, mas não acho que soe como ele, é apenas uma influência. Nuno Bettencourt é outra influência... e aí você coloca Jamie no meio e Eddie Campbell que é um guitarrista incrível e que tem seu próprio estilo, influenciado por coisas da Europa, Uli John Roth , Yngwie Malmsteen... Mas Eddie soa como ele mesmo e então tudo isso faz o que somos.

ADRIANGALE - 2000
Você percebeu logo de cara que sua parceria com Jamie seria tão boa?

Assim que ele entrou no estúdio... Nós tínhamos acabado de finalizar as faixas base de “Feel The Fire” e fomos escrever as letras para algumas músicas que faltavam. Então ficou claro rapidamente que algo bom havia ali. E acho que algo além de musical, algo de amizade mesmo, agora já faz 14 anos que nos conhecemos, nossa amizade é muito grande e, consequentemente, nossa ligação musical também. Sempre foi fácil compor com Jamie, desde o início. Jamie tem uma voz única e tem muita técnica. Ele realmente tem seu estilo próprio, ninguém soa como ele, ele é grande parte do que somos. Nós não seríamos ADRIANGALE sem Jamie.
Ele tem um grande coração, é uma das melhores pessoas que eu já conheci em minha vida e essa é provavelmente a razão pela qual a gente se dá tão bem musicalmente, ele é como um membro da família, eu gosto do cara de coração, ele é uma pessoa muito boa. 
Vic e Jamie em estúdio produzindo "Sucker Punch!"
Tenho percebido uma evolução na qualidade da produção dos álbuns da Kivel Records. Como foi a produção do novo álbum?

Ao longo dos anos tenho aprendido bastante com as pessoas com quem trabalho, aprendido com os álbuns do ADRIANGALE, com muitos outros produtores com quem já trabalhei, tenho muita sorte de ter uma ótima rede de contatos com os quais eu posso contar, aprender... Harry e Pete (HAREM SCAREM), consegui bastante informação com eles no passado. Tem o Alex Salzman que foi o engenheiro de som em todos os álbuns do ADRIANGALE, ele já foi indicado ao Grammy, faz trabalhos para  a Disney, é um cara importante e eu pego toda essa experiência. Acho que é um álbum com ótimo som! Uma coisa que tento para cada álbum é soar diferente e procurei fazer esse álbum soar ótimo, tento não me empolgar tanto e me colocar no lugar de produtor, mas às vezes sento aqui  e aperto o play e penso: “Nossa! Isso é muito bom!” (risos)  Espero que esta seja a sensação dos fãs também.


Como você descreveria o novo álbum?

Basicamente soa como um álbum do ADRIANGALE, mas espero que um pouco diferente. Com certeza, estilisticamente, tem algumas mudanças. É subjetivo, algumas pessoas podem dizer que não é bom, mas eu realmente acho que irão gostar! Pegamos o que de melhor já fizemos até hoje e levamos a um outro nível.  Todos aprendemos bastante e somos músicos melhores... Temos tudo nesse álbum, do hard, rápido e heavy ao lento e melódico. O “Crunch” é um clássico e pode ser que as pessoas lembrem da gente por causa dele, mas não significa que eu não deva tentar fazer melhor sempre e eu acho que o novo é nosso melhor álbum.  
Temos Eddie Campbell de volta, temos os três membros originais de volta... Não me entenda mal, Scott Miller é um grande guitarrista e amigo, mas esta era a formação que as pessoas pediam, provavelmente ainda trabalharemos juntos novamente. Na verdade, eu produzi as guitarras dele para o último álbum do TANGO DOWN, ele fez todas as gravações de guitarra no meu estúdio, ainda somos bem amigos, ele é um grande músico e grande cara, mas agora nós voltamos às nossas raízes, eu, Jamie e Eddie. E nossa nova seção rítmica é de amigos muito próximos. É uma família, eu não poderia estar mais empolgado, será muito divertido e será perceptível nos shows.


Como surgiu o título “Sucker Punch!”?

Bem, “Sucker Punch!” é um termo para descrever um ataque que te pega de surpresa e foi isso que aconteceu com a gente. Estivemos fora por dez anos e então: “O quê? O ADRIANGALE voltou?!”, ninguém previa isso, então esse é o conceito “Sucker Punch!
O crédito do título... Ele provavelmente não gostaria que eu contasse, mas foi mal John! (risos), o crédito é do John Kivel. Quando conversamos sobre voltar, ele disse que o álbum seria chamado “Sucker Punch!” porque iria pegar as pessoas desprevenidas. Eu concordei e disse a ele que era uma ideia brilhante!

Qual foi o show mais marcante que já fizeram com o ADRIANGALE?

Eu diria que é um empate. O show que fizemos na Espanha em 2001 no Nemelrock em Madrid e o show que fizemos no Firefest em 2007 como CRUNCH. Estes dois shows tiveram um público com tanta energia! Apreciando a música... Foram shows maravilhosos. Eu não sei o que acontece com os latinos e o hard rock, na América do Sul ou na Espanha, vocês realmente apreciam o hard rock ou o rock em geral, essa foi a razão pela qual o show na Espanha foi tão bom. Nós estávamos em nosso primeiro álbum e tivemos inclusive que tocar algumas músicas do GUARDIAN porque não tínhamos tantas músicas (risos).


 Quais são seus guitarristas favoritos no hard rock?

Você sabe o número 1! (risos) Eddie Van Halen, não vou dizer em ordem, gosto também do George Lynch, adoro Pete LesperanceSteve Vai, Nuno Bettencourt, eu simplesmente adoro Steve Lukather, que guitarrista!  Andy Timmons é outro guitarrista difícil de explicar, ele é tão bom... Gosto muito também do Eddie Ojeda doTWISTED SISTER, o cara não erra notas, tudo o que ele faz, ele acerta as notas certas no tempo certo. E também Angus Young, minha banda favorita de todas é o AC/DC, os outros que eu mencionei são mais do tipo técnicos, mas o Angus é o tipo de guitarrista agressivo e solto, ele poe o coração e a alma no que faz...

Você tem contato com fãs do Brasil?

Nos últimos três anos muitas pessoas do Brasil entram em contato comigo pelo FaceBook dizendo o quanto gostam da minha música com o ADRIANGALE, com o Ted Poley e eu fico lisonjeado e honrado. Há tantos músicos no mundo que adorariam ter sua música ouvida e que as pessoas gostassem de suas músicas. Eu escrevo para os fãs. Eles são tão bons para mim e eu devo dar um retorno para eles.
Eu quero levar nossa música até vocês e poder conhecer seu belo país. Desde que trabalhei com Ted Poley eu tenho vontade de ir ao Brasil, ele me disse ótimas coisas sobre a América do Sul. Era para eu ter ido ao Brasil com o Ted, mas o promotor não conseguiu viabilizar. Ted sempre me disse que tem um grande mercado para o hard rock e melodic rock aí na América do Sul. Inclusive ele ficou surpreso com os fãs dizendo o quanto gostam de mim por causa da ligação com o Jamie e sua antiga banda GUARDIAN, já que o rock cristão é popular na América do Sul...

Muito obrigado pela entrevista Vic!

Obrigado Denis! Espero que possamos conversar novamente e que um dia possamos tocar no Brasil!

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

ROCKIN' REVIEWS - ADRIANGALE

Esta semana está bem “ADRIANGALE”, hoje com review e sábado com entrevista!

ADRIANGALE - "Sucker Punch!" (2013)

                       rating






1 Guitar (Fraco)   2 Guitars (Regular)   3 Guitars (Muito Bom)   4 Guitars (Excelente)   5 Guitars (Obra Prima)

Eu estava bastante curioso para conferir o novo trabalho da volta do ADRIANGALE, afinal eu já conversava com Vic Rivera sobre as gravações de “Sucker Punch!” desde Junho deste ano e ele sempre se mostrava bastante empolgado com os resultados. Aos fãs da banda posso afirmar que não se decepcionarão! “Sucker Punch!” é no mínimo tão bom quanto o último álbum de estúdio da banda, o excelente “Crunch”, de 2004. E para quem não conhece o som dos americanos, vai poder conferir um hard rock bem direto com momentos bem melódicos e por vezes bem pesados com vocais ímpares de Jamie Rowe (ex-GUARDIAN). Sempre que ouço o ADRIANGALE, me vem à cabeça nomes como DANGER DANGER e HAREM SCAREM, bandas que, aliás, são influências de Vic Rivera. Recebi a promo há alguns dias e estava degustando para poder melhor avaliar. Vamos aos destaques!
  • SUCKER PUNCH! – A primeira faixa começa mostrando que a banda está de volta pronta para entrar no ringue. Com belos riffs e refrão cheio de backing vocals, a letra faz analogias entre luta, a surpresa da volta da banda e rock! Destaque para os solos de Vic e Eddie Campbell, cheios de técnica e melodia.
  • THE BLACK AND BLUE – A minha favorita! Irretocável! Jamie Rowe dá um show de interpretação e variação nos vocais. Linhas de baixo matadoras e um refrão de sair cantando na primeira audição. Melodic hard rock de primeira!
  • ALL ABOUT THE MONEY – Esta talvez seja a música mais pesada da banda até hoje e muito provavelmente a que tem as partes mais rápidas com seus bumbos duplos “comendo” no refrão. Letras inteligentes que falam de ganância e guitarras pesadas, excelente! Parabéns a Vic, que além de tocar guitarra e produzir, também toca bateria e piano no álbum!
  • GIVE ME A SIGN – Belos riffs e palhetadas a la AC/DC, vocais rasgados e tom mais sério, uma combinação que a banda faz muito bem. Muito bom!
  • WHAT WOULD YOU DO – Outra que gruda e me lembra HAREM SCAREM, principalmente por causa dos backing vocals no refrão. Até o solo de Eddie Campbell me faz lembrar dos momentos melódicos de Pete Lesperance. Excelente!
  • COULD HAVE BEEN ME – Belíssimo hard rock com bastante melodia e um refrão bem marcante que lembra DANGER DANGER. Vic Rivera mostra o quanto andou estudando e faz um belo solo, com velocidade e técnica. Ótima!

Pontos negativos? Talvez um fã de longa data sinta falta de uma balada tipo “Without a Moment’s Notice” ou vocais em registro mais alto de Jamie. Mas aí talvez foi a sonoridade do álbum que “pediu” estas mudanças. Enfim, “Sucker Punch!” é um belíssimo álbum que tem tudo para agradar qualquer fã de hard rock com melodia e refrões memoráveis. Outro ponto a ressaltar é a capa e toda a arte do encarte, muito bem feitos! Os fãs agradecem a volta da banda que, apesar das influências já citadas, soa bastante original. Mais um que entrará para os melhores do ano! (Denis Freitas)


1- Sucker Punch!
2- The Black and Blue
3- When I Said You'd Be The One
4- All About Money
5- Believe
6- Give Me a Sign
7- What Will You Do
8- Temporis Intermisso
9- The World We Knew
10- Could've Been Me
11- You

Jamie Rowe – Vocals
Vic Rivera – Guitar , Drums
Eddie Campbell - Guitar
Matt Mahoney - Bass

Produced by Vic Rivera & John Kivel
Kivel Records

terça-feira, 24 de setembro de 2013

ROCKIN' NEWS - MRF 3 / ADRIANGALE


FESTA DO MELODIC ROCK

Esta sexta-feira (27 de Setembro) começa o Melodic Rock Fest 3 em Harlinton Heights – Chicago, nos Estados Unidos. Tento contato com o idealizador do evento, o australiano Andrew McNeice, desde o começo do ano, mas infelizmente, sempre respondendo com mínimas palavras, ele parece não querer dar atenção. Uma pena, pois gostaria de trazer mais informações para os brasileiros sobre este evento sensacional.

Sensacional porque conta com um lineup dos sonhos de muitos apreciadores de melodic rock. Destaco aqui as seguintes apresentações:

FERREIRA - A banda dos irmãos brasileiros Marco e Alex Ferreira, com Dario Seixas e Gus Monsanto, representará o Brasil no festival.
ERIC MARTIN – A voz do MR. BIG é sempre uma atração de peso!
BRETT WALKER TRIBUTE – Um tributo a Brett Walker que faleceu dias antes do lançamento de seu novo CD. Deverá ser emocionante e cheio de participações especiais.
ADRIANGALE – A volta da banda com novo CD !
W.E.T. – Dispensa comentários a qualidade da banda, que lançou um dos melhores trabalhos do ano até o momento.
HAREM SCAREM – A volta dos mestres canadenses do melodic rock!
HOUSE OF LORDS – James Christian cantando é sempre um destaque!
STEVE AUGERI – O cara que o JOURNEY perdeu!
ECLIPSE – Uma das melhores bandas de hard rock surgidas nos últimos anos!


Confira todas as bandas que farão parte do festival e os detalhes do evento no link abaixo. Detalhe: Várias bandas já foram entrevistadas com exclusividade aqui em nossa página. É só conferir aí ao lado!


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UM SOCO DO ADRIANGALE!





Este sábado tem uma bela entrevista no ROCKIN' INTERVIEWS com Vic Rivera.
Guitarrista/baterista/produtor (!!) do ADRIANGALE
Venho conversando com Vic há meses e ele sempre mostrava muita empolgação com a gravação do novo álbum Sucker Punch! Conversamos sobre vários aspectos da volta da banda, sua sonoridade e o novo álbum.
Está muito legal, é Sábado!


sábado, 21 de setembro de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - FAIR WARNING

Uma das grandes bandas, e talvez um pouco injustiçadas, de hard rock da Alemanha é o FAIR WARNING. Com uma discografia invejável, relativo sucesso na Europa e grande prestígio no Japão, os alemães definitivamente deveriam receber mais atenção por parte da mídia chamada especializada. A banda possui na voz do grande vocalista Tommy Heart, nas guitarras técnicas de Helge Engelke e nas ricas composições do baixista Ule W. Ritgen (ex-ZENO), o segredo do seu hard rock original e empolgante que a difere da grande maioria das bandas de hard rock vindas daquele país. O baixista Ule W. Ritgen foi gentil o suficiente ao me atender em meio a viagens para o Japão. Foi um rápido bate-papo no qual falamos sobre o novo álbum “Sundancer” (review aqui) e outros assuntos.  Espero que gostem! (Denis Freitas)

ENTREVISTA


Vocês estão em turnê pelo Japão como de costume. Vocês já fazem tours no Japão há muitos anos, planejam coisas novas para os shows, além da música?

Na verdade não, nós sempre confiamos em nossas músicas, mas nós trabalhamos bastante em nosso setlist, na ordem das músicas e no fluxo da performance musical.                       

A capa de “Sundancer” e seu release fazem referência ao mundo moderno e virtual que vivemos. Há músicas e letras no álbum que também transmitem essa visão?

Não explicitamente, mas o assunto está presente em várias delas.


Quanto tempo demorou desde a fase de composição  das músicas até o produto acabado?

Mais uma vez, trabalhamos em diferentes lugares, principalmente nos estúdios em nossas casas. A produção total do início ao fim levou mais de um ano.

Pela primeira vez vocês escreveram as músicas em conjunto. Foi algo discutido anteriormente? Como foi o processo? 

As músicas foram desenvolvidas a partir de ideias que eu trouxe e jams enquanto trabalhamos juntos. Nós não tínhamos discutido o processo anteriormente,  apenas deixamos rolar.

Uma das minhas favoritas do álbum é "Jealous Heart". Tem uma sonoridade muito diferente, especialmente no início. De quem foi a ideia dos efeitos no início e o uso do Hammond?

Nós desenvolvemos o som bem aberto e flutuante enquanto trabalhávamos na música. O Hammond foi feito por Helge ...



 Este álbum soa bastante diversificado. Isto reflete os gostos pessoais da banda? Vocês parecem ter gostos muito diferentes uns dos outros, estou correto?
              
Sim, isso é verdade e eu considero como um dos nossos pontos fortes, pois nossa marca registrada sempre foi a ampla variedade de diferentes influências musicais.

Eu disse antes que considero o FAIR WARNING uma banda muito original. Foi algo planejado desde o início? No primeiro álbum a banda fazia um hard rock mais direto, mas a partir de "Rainmaker" a banda começou a soar cada vez mais sofisticada, como isso aconteceu?

Eu acho que quando nós ganhamos mais confiança e personalidade como banda, nós simplesmente nos tornamos mais corajosos para experimentar coisas novas e ampliar nossos meios de expressão musical.

"Rainmaker" de 1995 - semelhanças com a capa do novo álbum  
Você fica incomodado em saber que há países onde vocês têm muitos fãs leais, mas que muito provavelmente nunca terão a chance de vê-los ao vivo?

Sim, isso nos incomoda muito e continuamos trabalhando para tocarmos no maior número de lugares possível.

Por favor, deixe uma mensagem para seus fãs brasileiros, eu garanto que há vários. Obrigado e bom ano para vocês!

Eu acabei de fazer alguns shows no Brasil com Uli Jon Roth e fiquei espantado com a atmosfera intensa e muito musical durante os shows - foi muito divertido! Eu adoraria voltar com o FAIR WARNING e sacudir a casa, então vamos manter os dedos cruzados. Obrigado Denis e o mesmo para você!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ROCKIN' NEWS - SPARKLANDS


VÍDEO CLIPE DO SPARKLANDS EM NOSSO CANAL NO YOUTUBE

Já está disponível em nosso canal no YouTube (BRM123ROCK) o vídeo da música "The Game" da banda holandesa SPARKLANDS. A faixa faz parte do debut da banda, "Tomocyclus", que será lançado oficialmente amanhã (20 de Setembro) via Avenue of Allies.

Para quem não conhece o SPARKLANDS, segundo seu release, a banda "traz uma coleção de músicas AOR e Melodic Rock, trazendo de volta os dias de glória de bandas como BOULEVARD, SAGA, MR. MISTER, BAD ENGLISH e GIANT."

O vídeo é simples, mas a música deve agradar fãs de AOR com ênfase nas melodias. Confiram abaixo!

SPARKLANDS "The Game"

terça-feira, 17 de setembro de 2013

ROCKIN' NEWS - FAIR WARNING / SANTAREM


ENTREVISTA COM FAIR WARNING


Este sábado (21 de Setembro) tem ROCKIN’ INTERVIEWS com FAIR WARNING. O baixista Ule Ritgen me atendeu para um rápido bate-papo durante a turnê de sua excelente banda pelo Japão. Ule falou sobre o novo álbum dos alemães - “Sundancer” (review aqui) - e inclusive comentou sobre sua passagem pelo Brasil com o ex-guitarrista do SCORPIONS Uli Jon Roth. Confiram neste sábado em horário que só Deus sabe...

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SANTAREM ANUNCIA NOVO BATERISTA

Na página da banda está a mensagem: O paulistano Fábio Mendes é o novo baterista do grupo. Fábio tem apenas 17 anos, mas apesar da pouca idade, impressionou a todos da banda com seu talento, maturidade e entrosamento desde as primeiras audições.



Segundo Alex Andreoni, guitarrista do SANTAREM:

"Tivemos cerca de 20 candidatos nos últimos meses e com alguns deles tocamos várias vezes, foi muito legal. Pudemos perceber que o mais importante era o entrosamento com o estilo do SANTAREM, mais do que a habilidade técnica pura ou a velocidade. O Fabio Mendes foi o que mais nos impressionou neste sentido, suas influências de John Bonhan (LED ZEPPELIN) aliada a sua naturalidade em mesclar ritmos tribais e latinos com levadas de rock fluíram de maneira muito natural, pois as músicas possuem muito espaço para baterias criativas e 'volumosas'. Era exatamente o que estávamos procurando!"


O SANTAREM já esteve por aqui em uma entrevista que fiz com o guitarrista Alex Andreoni (aqui) e aproveito novamente para indicar a banda aos que gostam de prog rock/metal diferenciado, com ênfase nas guitarras com melodias bastante agradáveis.
A banda possui um som bastante original, confira no vídeo abaixo. Agora aguardamos um novo álbum para comentar por aqui...

"Someone"

sábado, 14 de setembro de 2013

ROCKIN' INTERVIEWS - INDICCO


Não é sempre que temos uma banda da Espanha aqui na página e isto é muito bom quando acontece. Afinal, quanto mais diversidade e trabalhos de qualidade vindos de outros países que não sejam os mesmos de sempre, melhor para todos!  O INDICCO é formado por Indigo Balboa (vocais) e Paco Cerezo (guitarras). A banda lançou seu debut este ano, que leva o nome de “Karmalion”(review aqui). O álbum agrada bastante e conta com a participação de Jimi Jamison (SURVIVOR) cantando em três faixas. Entrei em contato com Indigo Balboa para trazer mais detalhes de sua carreira e sua banda. Espero que gostem! (Denis Freitas)

ENTREVISTA

Oi Indigo, é muito bom ter uma banda espanhola na página! Como está a cena na Espanha? Existem outras bandas tocando esse tipo de melodic rock por aí? Vocês são de Madrid, certo?

Oi Denis, muito obrigado! Bem, agora estamos em um grande momento para este tipo de música porque eu acho que a cena melódica está crescendo de novo! WHITESNAKE, DEF LEPPARD, EUROPE, Legends of Rock com Kimbal, Augeri ... Tudo isso nos últimos meses em Madrid! E milhares de pessoas assistindo! Eu acho que é ótimo. Na verdade, somos uma grande equipe na Espanha. Bandas tocando hard rock ao puro A.O.R. Meus grandes amigos "THE VAL" são uma dessas grandes bandas.


Você poderia nos contar um pouco de sua história na música?

Bem, eu fundei a minha primeira banda, D.O.N.T. (DAYS OF NO TRUST), em 1994, tocando minhas próprias composições e covers de JOURNEY, SURVIVOR, RICK SPRINGFIELD, TOTO...  Anos depois me mudei para Madrid para começar novos projetos, um deles foi o meu primeiro álbum solo em 2001, em espanhol. Anos mais tarde, me juntei à banda de rock CASABLANCA com o meu grande amigo Pachi EscolanoMas o momento mais importante para a minha carreira musical foi quando Mark Spiro entrou em contato para ser meu produtor. Uma semana depois eu estava voando para a Califórnia para começar a trabalhar com ele. E eu ainda estou fazendo isso. Ele é um músico/produtor/compositor dos mais talentosos. Eu aprendi muito com ele.


Paco e Indigo
Falantes de língua espanhola tendem a ser muito orgulhosos de sua língua e normalmente gostam de cantar em espanhol, mas você optou por cantar em duas línguas! Você já considerou cantar somente em espanhol?
Desde que eu era criança eu canto em Inglês e, para ser honesto, me sinto melhor cantando ou compondo em Inglês porque as palavras fluem melhor. Mesmo fazendo erros ortográficos quando escrevo! Karmalion” já está gravado em espanhol e provavelmente estará no mercado para este inverno, mas eu tenho que te dizer que tenho algumas demos gravadas em Italiano e Português! Eu amo isso.

Há muito cuidado e atenção com os detalhes em “Karmalion”, especialmente nas variações de teclado e efeitos e cada parte da guitarra, que enriquecem o som. Que importância você dá aos detalhes?

Karmalion” levou 3 anos para ver a luz do dia, então você pode tirar suas próprias conclusões. É uma loucura, eu sei, cada vez tentando conseguir o melhor, mas um dia você deve dizer: pare! Caso contrário, estará com 60 anos e ainda estará trabalhando no mesmo álbum!



Eu gostaria de focar em algumas das minhas faixas favoritas agora...

“Days of Wine and Roses” - Suas músicas realmente se encaixam com a voz de Jimi Jamison...

Eu conheço Jimi desde 2005 e, provavelmente, quando estávamos compondo a música, no subconsciente pensávamos em Jimi cantando isso! Então, talvez a música tenha sido feita para Jimi, como “Ride The Wave”. Ou, simplesmente, ele é uma grande influência para nós!

“Wrong” - Há poucas baladas que chamam a minha atenção hoje, porque tudo soa muito simples e muito semelhante. Mas essa música soa muito diferente, com um toque de rock britânico melancólico, por causa do piano. Além disso, tem uma vibração pop romântica, muito bom. Como ela surgiu?

Mark Spiro me enviou uma demo de seu amigo Bobby Huff (primo de Dan Huff) em 2008 e poucos meses depois estávamos trabalhando em seu estúdio para terminá-la. Eu amo essa canção.



“Leaving Me” - Mesmo caso aqui, uma balada incomum de melodic rock. Gosto muito da combinação piano, back vocals e guitarras.

O que posso dizer sobre esta canção... Sim, esta é uma canção incrível Droga! Eu não sou o compositor! O guitarrista é o incrível Tim Pierce.

“Life in Your Lightness” - Essa música é provavelmente a faixa mais pesada do álbum, uma das minhas favoritas! Será que ouviremos mais desse tipo de música no futuro?
Provavelmente sim porque estamos trabalhando em novas composições para um segundo álbum e mais projetos com grandes surpresas.



Quais bandas mais pesadas, no hard ou metal, você gosta?

Eu tenho todos os tipos de música em minha discografia como RAINBOW, WHITESNAKE, MALMSTEEN, Y&T, BULLET BOYS, KING KOBRA a JAY GRAYDON, DAVID FOSTER ou SÉRGIO MENDES.

Quais são os planos para 2013 e 2014? Obrigado pela entrevista e por falar para o Brasil.

Os planos são... Não parar! Começamos muito em breve a promoção de "Karmalion", turnê, provavelmente com o grande Robert Tepper. Se as estrelas se alinharem corretamente! Muito obrigado a você Denis, o prazer foi meu. Espero ir um dia ao Brasil para tocar algumas músicas, quem sabe...